Advocacia-Geral da União cobra 7,6 milhões de infratores por destruição de 6,8 mil hectares em 11 estados

desmatamento.webp

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou 12 ações civis públicas (ACPs) contra infratores ambientais, acusados de destruir a vegetação nativa em cinco biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal. As ações totalizam um valor de 7,6 milhões pela área desmatada que corresponde a 6,8 mil hectares em 11 estados brasileiros.

A iniciativa partiu do AGU Recupera, núcleo estratégico criado em 2023 que visa atuar em demandas judiciais prioritárias, em prol da proteção dos biomas brasileiros e patrimônio cultural. A área desmatada é equivalente a mais de 300 vezes o estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

Área desmatada é equivalente a mais de 300 estádios do Maracanã, Rio de Janeiro /Fonte: Agência Brasil/Polícia Federal

Filipe Araújo Cavalcante, membro da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da AGU (Pronaclima), destaca a importância da AGU Recupera na fiscalização e proteção dos biomas e florestas. 

“Esse primeiro lote de 2025 do AGU tem extrema relevância diante de toda proteção que o meio ambiente carece, tendo em vista o efeito das ações ajuizadas na defesa dos mais diversos biomas brasileiros por meio da recuperação das áreas degradadas” , pontuou Filipe. 

Os valores exigidos dos 23 réus é o montante necessário para recuperação das áreas degradadas e indenização por dano moral e coletivo. As ações foram fundamentadas a partir de autos de infrações e laudos elaborados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 

No início deste ano, um levantamento  da Folhapress junto aos dados da Polícia Federal (PF), aponta que 75% das investigações sobre queimadas e desmatamento feitos pelo órgão, no Brasil, não chegam a indiciar ninguém. A PF registrou desde 2019, 5.406 investigações e somente 1.385 processos de indiciamento de envolvidos, o que corresponde a 1 em cada 4 inquéritos abertos pelo órgão, no Brasil.

Leia também: Comunidades de áreas protegidas no Pará e Amazonas receberão apoio financeiro para atividades sustentáveis

Maria Eugênia Melo

Maria Eugênia Melo

Nortista, de Palmas capital do Tocantins. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins.

Deixe uma resposta