“A cultura ballroom é viva e está em todos os lugares”, diz Vinícius Andrade, a drag queen Organzza

Snapinsta.app_429588888_18226312912265461_7003724778506896420_n_1080-1.jpg

Nesta sexta-feira (17), no Dia Mundial da Luta contra a LGBTfobia, o Notícia Preta conversou com o Vinícius Andrade, mais conhecido como a drag queen Organzza. A vencedora da primeira edição do reality show Drag Race Brasil, fala não só sobre a arte drag como potência política, mas também sobre o movimento ballroom, do qual também faz parte.

Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.

“A cultura ballroom é viva e está em todos os lugares. A cultura Balroom teve início nos anos 70, a partir de mulheres trans e travestis afro-latinas. Os concursos de beleza, eles eram muito comuns, mas eles eram voltados para um padrão de beleza branco, europeu, cisgênero, e não atendia a essas pessoas. Em 1972, acontece o primeiro baile anual da House of Labeija, com o intuito de inserir e acolher novos corpos“, explica ele.

Organzza durante a Renaissance Ball /Foto: @ggabrielanevess

Nascido e criado em Coelho Neto, na zona norte do Rio, integra o coletivo Casa de Cosmos, da cena ballroom carioca, explica como funciona essas festas.

As Balls são os eventos, o concurso, onde acontecem várias categorias, com vários temas, em formato de batalha, e cada um que vence, ganha o seu Grand Prize. E foram nesses bailes também que surgiu o tão conhecido Vogue. Uma dança inspirada nas poses das modelos das revistas Vogue. A cultura ballroom hoje já saiu dos salões de baile e está conquistando o mundo inteiro. Estando em eventos mundialmente conhecidos como turnês de grandes artistas. A Renaissance Tour da Beyoncé e também a Celebration Tour da Madonna”.

Durante sua participação no programa Drag Race Brasil, Organzza conquistou três vitórias, sendo a que mais venceu desafios na temporada, com suas performances e looks fashionistas. Com tamanha visibilidade dentro do universo drag, o artista fala sobre a importância que essa arte tem no combate contra a homofobia e outros tipos de discriminações.

“A arte drag é uma expressão artística extremamente política, capaz de entreter e educar, de divertir e conscientizar. É com uma capacidade fantástica de acessar lugares que a gente não era capaz de ter espaço há anos atrás. Hoje vemos drags em vários segmentos, na política, no segmento da música, apresentadoras, em reality“, disse o criador da Organzza.

Leia também: Organzza é a vencedora da primeira temporada do Drag Race Brasil

Deixe uma resposta

scroll to top