A prefeitura de Campinas, cidade a 93 quilômetros de São Paulo, lançou um projeto de moradias populares com casas de 15 m² para comportar até sete pessoas. Os imóveis foram anunciados pela Companhia de Habitação Popular (Cohab) como contrapartida para famílias que viviam em situação de risco.
A iniciativa gerou revolta nas redes sociais. “Prefeitura de Campinas constrói casas de 15 metros quadrados na ocupação Mandala Vive, em programa de habitação popular. Moradores denunciam que os imóveis não têm nem cozinha”, alerta um usuário.
Outro seguidor fez um comparativo entre as casas e uma detenção. “Cela de presídio ‘vendida’ pelo governo estadual? Tenho certeza de que o banheiro da suíte do distinto político é maior do que estas casas! Campinas lança casa popular de 15 metros quadrados para até 7 pessoas”, comentou.
O escritor Marcelo Rubens Paiva questionou o tamanho da casa e comparou com um estábulo para equinos, devido a semelhança física com os espaços para os animais. “Essa casa popular de Campinas é para pessoas ou cavalos?”, questionou.
Nas redes sociais, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) disse que as queixas são de pessoas que querem “lacrar”. “Isso é coisa criada pela esquerda lacradora, que nada faz pela população e busca atrapalhar o trabalho de quem faz”, escreveu.
Ao todo, são 116 unidades habitacionais para comportar 450 pessoas que viviam na Ocupação Mandela Vive, às margens do Aeroporto de Viracopos.
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Por meio de nota, a Cohab afirma que “as famílias vivem hoje em barracos de madeira de 4 a 5 metros quadrados, e que a aquisição inicial era somente o lote, não a construção. Assim sendo, o embrião foi cedido para que as famílias tivessem o mínimo para vier com dignidade”, informa o comunicado
