A promotora de justiça, Carla Freury de Souza, reclamou do salário de mais de R$37 mil, durante uma sessão do Ministério Público de Goiás (MP-GO), na última quarta-feira. No vídeo, a promotora diz dar “graças a Deus pelo marido ser independente”.
“Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, disse a promotora que continuou. “Tenho dó dos promotores que estão iniciando a carreira, eles deverão arcar com um alto custo de vida”.
Além disso, anteriormente, Carla havia dito que é filha de um promotor e foi criada com “sacrifício”. Ela ingressou no MP de Goiás em 1992 e já atuou em cinco promotorias no Estado.
De acordo com o Portal da Transparência do Ministério Público, o salário base de um promotor de justiça é de R$33.600,87, no entanto, no mês de março, por exemplo, Carla recebeu R$58.487,35 líquido, contando com adicionais pagos em seu contracheque.
Outros promotores presentes na sessão ordinária também lamentaram a situação salarial da categoria. De acordo com outras reclamações, feitas, inclusive, nas redes sociais e nos comentários do canal do Youtube do MPGO, os servidores “estão endividados, com dificuldades financeiras e adoecendo mentalmente, aguardando a sua valorização”.
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Em nota pública, o MP disse que “trata-se de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição”. A reportagem do Notícia Preta não conseguiu contato com a promotora, mas deixa o espaço aberto para