Na próxima quinta-feira (18) a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fará parte do primeiro encontro das Caravanas Participativas para construção do Plano Juventude Negra Viva, em Fortaleza, no Ceará.
O encontro também terá a presença do diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, e vai acontecer na parte da manhã, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A ideia do projeto, que vai percorrer todas as unidades federativas do Brasil, é estabelecer um diálogo com a comunidade e também com os movimentos sociais, que poderão dar suas contribuições para a elaboração do Plano.
Dentre os objetivos da Caravana é impactar e transformar a realidade da juventude negra brasileira. Por isso, um dos focos do projeto, por exemplo, é diminuir a morte de jovens negras em todo território nacional já, que de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, 77,6% das vítimas de homicídio doloso eram negras.
O próprio estado onde acontece o primeiro encontro, está acima da média nacional quando se trata da letalidade de jovens negros. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 93% de todas as mortes causadas por agressões intencionais de jovens no Ceará, em 2023, são de jovens negros.
A média nacional foi de 82%, no mesmo período. Mas para além dessa demanda super importante, o Ministério da Igualdade Racial conta com a colaboração de outras pastas.
“Nós sabemos que a questão da letalidade é uma grande prioridade e pretendemos atuar diretamente sobre isso. Mas temos também questões de múltiplas ordens que afetam o cotidiano da juventude negra. Por isso o GTI que cuida do Plano tem 12 ministérios envolvidos, porque são muitas demandas em diversas áreas”, explica a ministra Anielle Franco.
O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) que a ministra cita tem eixos nas áreas de segurança pública e acesso à justiça; geração de trabalho, emprego e renda; educação; democratização do acesso à cultura e à ciência e tecnologia; promoção da saúde e garantia do direito à cidade. Um série de frentes capazes de suprir as necessidades da juventude negra.
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Para fazer parte da discussão, além de ir pessoalmente aos encontros das caravanas, a população também pode participar via internet, por meio do Fala.BR.