Em 2022 o rendimento médio da população brasileira aumentou 6,9%. Os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os números aumentaram por conta dos programas sociais de transferência de renda.
A pesquisa afirma que o motivo está no valor do Auxílio Brasil – que voltou a se chamar Bolsa Família – que foi elevado para R$ 600 durante o período eleitoral. Com isso, o rendimento per capita da população chegou a R$1.586 no ano passado, diferente do ano anterior que registrou o valor mais baixo da série histórica, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Além disso, o levantamento do IBGE também demonstra que os cidadãos da Região Nordeste seguem com o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita do país – cerca de R$1.011 -, e a Região Sul tem o maior, com o valor de R$1.927.
Também ficou evidente, diante os dados divulgados, que apesar da população ocupada no Brasil ter alcançado o maior número da série histórica, com uma alta de 8,8% – passando a registrar 95,2 milhões de pessoas empregadas -, a renda média do trabalhador caiu, ficando em R$2.659 em 2022, uma queda de 2,1% em relação a 2021. Outra queda já havia sido registrada anteriormente, de 2020 para 2021.
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Outro dado apontado pela pesquisa é a distância financeira entre ricos e pobres, no país. O rendimento das pessoas mais ricas (com renda média mensal real domiciliar per capita de R$17.447) – que representam 1% da população – foi em média 32,5 vezes maior que o rendimento dos 50% que possuem o menor rendimento do país (com renda média foi de R$537).