Nesta quarta-feira (26), o Telegram deixou de operar no Brasil. As funções de envio e recepção de mensagem foram desabilitadas após ordem da Justiça, que foi tomada porque o aplicativo não disponibilizou dados de grupos neonazistas que estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF).
A ordem foi dada às operadoras Claro, Tim, Vivo e Oi, e também ao Google e Apple, que possuem lojas de aplicativos. Após as 21h30 (horário de Brasília), segundo o site Downdetector, houve um pico de notificações referentes ao aplicativo neste horário, muitas reclamações foram feitas nas redes sociais.
A solicitação foi feita pela PF e aceita pela Justiça Federal do Espírito Santo na quarta-feira (19). O pedido solicitava o compartilhamento de dados de integrantes de grupo que estariam incentivando atos de violências em escolas, muitos deles sendo neonazistas, fossem compartilhados.
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O aplicativo até entregou parte dos dados na sexta-feira (21), mas não disponibilizou os números de telefones de participantes de um grupo com conteúdo nazista.
A multa para o Telegram estava em R $100 mil, mas após o descumprimento da ordem, a Justiça aumentou para R $1 milhão por dia em que o aplicativo se recusa a fornecer as informações.
Ocorrências anteriores
Esta já é a segunda vez que uma ordem de bloqueio é solicitada ao Telegram. Em março de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão do aplicativo por que a empresa não forneceu dados de investigados por propagar a desinformação e o compartilhamento de notícias falsas referentes a conteúdos políticos.
Após a ordem, o russo Pael Durov, diretor executivo da companhia, divulgou um pedido de desculpas e cumpriu as ordem estabelecidas. A solicitação, então, foi suspensa pelo ministro após dois dias.
