Segundo dados do Dossiê Universo Jovem, seis entre dez jovens não sabem o significado da palavra sustentabilidade, e apesar do protagonismo juvenil em questões relacionadas ao meio ambiente ter se fortalecido, ainda é preciso investir em educação sobre o tema para que essa parcela da sociedade se aproprie da questão.
A Organização das Nações Unidas (ONU) definem juventude como a faixa etária de pessoas entre os 15 e os 24 anos de idade, porém a experiência de ser jovem pode variar em todo mundo, já que juventude é uma categoria fluída e mutável, tornando essa definição flexível e que pode variar entre países e regiões.
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De acordo com a pesquisa “Juventudes, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas” (JUMA), foram ouvidos 5.150 jovens com idades de 15 a 29 anos, de diferentes classes sociais e níveis de escolaridade de diversas regiões do Brasil, sobre como são afetados pelas mensagens que recebem sobre meio ambiente e mudanças climáticas
Cerca de 36% dos jovens participantes da pesquisa não souberam identificar o bioma em que vivem, esse desconhecimento foi maior entre a juventude do Sul e Sudeste do Brasil, onde a Mata Atlântica é predominante. Os resultados também mostraram que a falta do conhecimento não é reflexo de baixa escolaridade, já que os participantes do levantamento já haviam cursado ensino superior ou pós-graduação e apenas 30% dos entrevistados ainda estavam estudando.
A pesquisa também apontou que, apesar do tema meio ambiente estar entre os três assuntos que mais interessam a juventude, o primeiro é qualidade na educação, o segundo é direitos das mulheres e menos de 30% dos jovens disseram conversar com frequência sobre a temática ambiental.
Quando questionados sobre a importância que dão ao tema considerando o cenário nacional, o meio ambiente ficou em 6º lugar como mais relevante, pois acreditam que educação, combate à corrupção, segurança, economia, trabalho e renda estão na frente da temática ambiental, na escala de prioridades.
Ainda que existam catástrofes ambientais no Brasil, como enchentes e secas, o derretimento das geleiras foi o evento climático mais citado, o que nos leva a refletir sobre a necessidade de construir uma visão de mudança climática a partir do que é isso no Brasil e na América Latina.
O trabalho foi uma realização das redes Em Movimento e Conhecimento Social, em parceria com as organizações Engajamundo, Instituto Ayíka e GT de Juventudes do movimento Uma Concertação pela Amazônia.
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