O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Marinha devolva aos cofres públicos o montante de R$27,8 mil, referente a compra de 15.120 comprimidos de Viagra. Segundo o órgão, o valor foi superfaturado, uma vez que os valores unitários pagos pelos medicamentos foram quase o dobro dos praticados no mercado.
Entre os anos de 2021 e 2022, o Ministério da Defesa realizou oito pregões para a compra de mais de 35 mil unidades de citrato de sildenafila, usado para tratamento de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar.
O valor pago pelo governo por cada comprimido foi de R$3,65, enquanto nas farmácias ele pode ser encontrado por R$1,81, segundo o TCU. Ainda de acordo com o Tribunal, a identificação do superfaturamento veio a partir da Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) e que também indicou um prejuízo aos cofres públicos de R$27.820,80, por conta da diferença de preços.
A Secretaria revela ainda que valor inicial do edital previa pagamento máximo de R$ 1,47 pela unidade de Viagra. O TCU informou que o Hospital Naval Marcílio Dias terá 90 dias para “apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores devidamente atualizados”.
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A reportagem do Notícia Preta entrou em contato com a Marinha para obter um posicionamento, mas, até o fechamento desta matéria, não havia recebido retorno.
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