Uma Influencer catarinense fez um vídeo em suas redes sociais onde afirma que as escolas de samba praticam racismo contra brancos. Ana Canziani diz em tom de desabafo que, apesar de não ser racista, estava se sentindo incomodada porque a festa só exaltava as mulheres pretas e nem sequer mencionava as mulheres brancas.
“Estou assistindo o desfile das campeãs e só fala de mulher preta; sei que isso vai causar uma polêmica, mas ninguém fala da mulher branca. Estou me sentindo uma bosta. Isso também é racismo. Se a gente não pode falar nada de preto porque é racismo, [longe de mim de ser racista], não falar da mulher branca também é racismo. Estou até triste”, diz ela.
E continuou falando sobre o quanto sofre por ser muito branca e que muitas vezes já foi apontada pelas pessoas quando sai de casa. Assista o vídeo aqui.
“Parece que mulher branca não ocupa lugar nenhum. Tipo eu, branca transparente, que pareço um mapa geográfico de tantas veias que aparecem no meu corpo. Então eu sofro um racismo quando eu vou na praia, porque nem sol eu tomo. E ai as pessoas falam para mim ‘olha lá que branca! Olha ela não nem marca nenhuma. Meu Deus, é cheia de tatuagem’. Mas eu não vejo ninguém falando que a mulheres brancas transparentes precisam ser exaltadas. Porque mulher branca transparente também não tem o lugar de mulher branca normal”, disse.
Em seguida, ela ressaltou a sua descendência Dinamarquesa e que contou sobre a vinda de sua família para o Brasil.
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“Minha avó estava na Dinamarca depois da guerra e veio para o Brasil aos trancos e barrancos, para não passar fome lá. Mas a gente não é exaltado porque a gente é branco e com descendência nórdica. Eu acho que as escolas de samba deveriam falar da gente”, conclui.
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