Uma exposição fotográfica permanente, realizada de terça a domingo, exibe o trabalho de 20 artistas negros em Recife (PE). Com produção do Museu da Abolição (MAB) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o evento traz o reconhecimento do povo negro pernambucano através da fotografia na construção da sua identidade.
O objetivo é dar visibilidade para os artistas negros dentro de um espaço que legitima a arte. A exposição ocupará a área externa do museu para integrar o elemento fotográfico aos elementos da natureza, como o baobá presente no local, que é um elemento sagrado para a cultura africana.
Com o título “Afrografia: cultura, beleza, memória e resistência do povo negro de Pernambuco”, a iniciativa traz mais uma vez a narrativa da ancestralidade como forma de expressão e reivindicação do lugar de fala do povo negro.
A primeira mostra foi promovida em 2019 e contou com 12 artistas negros. A abertura contou com atrações pernambucanas como Abulidu, banda antirracista, Maracatu de Baque Virado Leão Coroado, de Olinda, e Coco Xexéu de Bananeira, da cidade de Paulista.
Quem assina a curadoria é o artista audiovisual Rennan Peixe. Para ele, é gratificante dar voz a quem encontra obstáculos para divulgar trabalhos artísticos. “Quando entendemos que podemos narrar nossas próprias histórias e construir imagens a partir das nossas convicções e crenças, abrimos a possibilidade do deslocamento e afirmamos nosso compromisso com as lutas e resistências do povo negro”, afirma Rennan.
“A exposição busca abrir caminhos para que o olhar negro seja protagonista nas narrativas que atravessaram o atlântico, valorizando nossos traços, nossa diversidade cultural, nossa força, nossa beleza e nossa luta contra o racismo“, acrescenta.
A exposição acontece de terça a domingo e não tem previsão de encerramento. A entrada é gratuita e o horário é das 9h às 17h. O Museu da Abolição está localizado na Rua Benfica, 1150, no bairro da Madalena.
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