Esta é a primeira vez que Ketty Valencio participa do festival e na Casa, expõe o acervo da Livraria Africanidades.
Sobre a casa Poéticas Negras
Ocupar para resistir, ocupar para ressignificar e ocupar para co-existir são os verbos conjugados em tempo presente na Casa Poéticas Negras, a plataforma empunhada de diversidade, prestes a fazer bonito e desfilar o seu orgulho negro na Festa Literária Internacional de Paraty, entre os dias de 10 a 14 de julho de 2019. O projeto idealizado pela comunicóloga Angela Damasceno em parceria da cozinheira Flávia Santos nasce como uma bússola precisa, em busca de orientar e fomentar as produções culturais negras tocadas por empreendedores, criativos, editores e autores dos mais diversos gêneros durante a Flip. “Este verdadeiro ‘Levante das letras’, antes de tudo se posiciona como um manifesto político a favor do protagonismo da criatividade de matriz africana em todas as escalas do processo. Como mulheres pretas, residentes da cidade colonial, onde há uma comunidade quilombola, localizada há 15 km do Centro Histórico, sentíamos tristeza e até mesmo certo incômodo desta total ausência, do real apagamento do nosso povo, na festividade intelectual mais importante da região e também do Brasil”, revelam as curadoras.
Durante o festival, a Casa Poéticas Negras, situada estrategicamente entre a Rua do Comércio e o Cais da Igreja de Santa Rita, receberá programação especial que convida a pensar e a refletir a importância da diáspora africana na produção cultural e literária tupiniquins. Em parceria com as editoras Pallas, Malê, Nandyala, Mazza e Livraria Africanidades, as curadoras convidaram nomes expressivos da nossa cena contemporânea, caso dos escritores paulistas Esmeralda Ribeiro e Miriam Alves e dos cariocas Renato Noguera e Giovana Xavier. As autoras mineiras Conceição Evaristo, Cidinha da Silva e Grace Passô, além da artista portuguesa Grada Kilomba, também marcam presença e engrossam o coro nas mesas-redondas e debates que prometem jogar luz nas manifestações culturais afro sob o ponto de vista do próprio negro. Todas as atividades propostas na residência artística serão produzidas, compostas, arranjadas e apresentadas por negros. Saraus, slam, música experimental, artes plásticas, literatura infantil, performances corporais, sem contar uma afetuosa gastronomia afro-caiçara, encabeçada por uma deliciosa lasanha de pupunha ladeada pelos tradicionais acarajé e feijoada, tudo escoltado por drinks especiais caso da caipirinha do Pisé, a comedoria estará aberta ao público diariamente.
Serviço
Mesa: “Aroko: olhares negros sobre difusão e autoria de literatura negra brasileira”
Quando: sábado, 13 de junho, às 14h
Onde: Casa Poéticas Negras no Festilval Literário de Paraty
Endereço: Rua Marechal Santos Dias, 22, Centro Histórico, Paraty. RJ