PF investiga desvio de recursos públicos para a compra de remédios para crianças Yanomamis

A operação Yoasi realizada na manhã desta quarta-feira(30), no estado de Roraima, investiga o desvio de recursos na compra de remédios destinados a crianças Yanomamis. As investigações tiveram início através de denúncias feitas pela imprensa por ausência de recursos públicos, que deveriam ser entregues ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DISEI-Y).

De acordo com a Polícia Federal o que esquema de desvio movimentou cerca de R$ 600 mil e o MPF considera que ao menos 10 mil crianças Yanomamis deixaram de receber os medicamentos. Presume-se que entre as empresas responsáveis pelos remédios, apenas 30% teriam sido entregues. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumpriram hoje 10 mandados de busca e apreensão nos endereços ligados a DISEI-Y e uma empresa da cidade de Boa Vista-RR.

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A Terra Indígena Yanomami é considerada a maior área de reserva indígena do Brasil, enfrentando desafios devido ao garimpo ilegal. No caso investigado, os recursos desviados se deviam a compra de medicamentos para tratamento de malária e verminose que contribuem na proteção da comunidade. Ao todo 10.193 crianças foram afetadas pelo esquema que, nos casos mais graves, resultou na forma mais grave das verminosas com crianças yanomamis chegando a vomitar vermes.

Os crimes investigados são de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. As investigações seguem em andamento também com suspeitas de desvio de tratamento da COVID-19.

A equipe do Notícia Preta entrou em contato com a A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) é responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS) e com a farmacêutica, mas ainda não recebeu respostas sobre as medidas tomadas.