De acordo com um anúncio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi aberto um processo administrativo contra um aluno da faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), que proferiu ameaças em um grupo de aplicativo de conversas contra colegas e professores do curso. Com a medida, as aulas dos cursos envolvidos foi suspensa. A informação foi divulgado nesta quinta-feira (15).
O reitor Josealdo Tonholo já se reuniu com a Polícia Federal e com o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública para tomar as medidas cabíveis, dentre as quais está o aumento do policiamento no Campus A.C. Simões. O aluno acusado e a família dele também já foram contactados pela Polícia Federal. Foram enviados prints das conversas como prova para o processo.
Segundo a nota divulgada pela Ufal, o processo administrativo terá consequências acadêmicas e as autoridades vão acompanhar de perto o caso que envolve ameaças físicas de natureza racista e misógina. “Dada a complexidade das ameaças pode haver tipificação como um crime de segurança nacional”, explicita a nota.
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O reitor reitera que tais atitudes não combinam com os valores da Ufal. “Nós lamentamos profundamente que esse tipo de comportamento exista numa universidade que tem como finalidade diminuir as desigualdades e trazer desenvolvimento e qualidade de vida para um Estado que já é tão sofrido”, diz na nota.
Em um pronunciamento divulgado em uma rede social da Ufal, o reitor afirma que estão apurando o caso para decidirem pela penalidade acadêmica adequada para a situação, e que atitudes como essa não podem ficar impunes. “Esse tipo de comportamento não vai ser tolerado pela nossa universidade”, declarou Tonholo.
As demais unidades e setores da universidade seguem com expediente normalmente.