O Grupo Xingó está com inscrições abertas para os núcleos de pesquisa do projeto B(OIÁ): Dissidências Submersas. Serão três turmas de estudo presencial, divididas entre o Teatro Arthur Azevedo e a sede do grupo, ambos no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo (SP). As inscrições podem ser feitas até 10 de junho e os conteúdos abrangem estudos sobre povos e línguas africanas, mitologia dos Orixás e a produção audiovisual de mulheres negras.
As vagas serão preenchidas de acordo com critérios pré-estabelecidos pelo grupo, que incluem etnia, gênero e região. “Temos criado uma rede ampla de pessoas que não costumam ver teatro. A Mooca é um território de entrada para a Zona Leste e ter espaços gratuitos de dança e teatro aqui é fundamental”, explica Natália Siufi, cofundadora do Grupo Xingó.
A prática de estudo e pesquisa está focada em uma perspectiva antirracista e parte de um conhecimento não ofertado sobre a história de matrizes fundamentais do Brasil. Os núcleos apresentam uma visão contra-colonial da história da África e das línguas bantas e iorubás, além de buscar outras referências estéticas no cinema e audiovisual, que não partam de uma premissa unilateral e hegemônica.
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“O Grupo Xingó trabalha com este acesso à consciência corporal, com um estudo profundo das nossas ancestralidades. Nossa articulação visa acessar, a partir da lei de fomento, que é uma verba pública, o maior número de pessoas e fazer com que elas participem do projeto e, principalmente, criar uma rede de pessoas que por vezes são vítimas desse sistema patriarcal e racista”, ressalta Erika Moura, artista, educadora e cofundadora do Grupo Xingó.
Para mais informações ou realizar as inscrições, clique aqui.
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