Um mês após a prisão dos jovens Luiz, de 24 anos, e Gustavo, de 19, o Ministério Público de São Paulo (MP-PS) pediu a revisão das imagens da reportagem da TV Record, para avaliar o caso. No processo, o MP questiona as imagens e alega que houve edição. “Qual matéria de TV não tem edição? Essa manobra vai retardar o processo, vai fazer os meninos ficarem mais e mais tempo detidos. Imagina ter que pegar o material bruto da Record, ter que citar a emissora. Isso é um absurdo”, disse Isabela Alves, prima dos jovens em vídeos publicados nos stories do Instagram.
Ainda segundo Isabella, a promotora Patrícia Linn fez um pedido “absurdo”. Além disso, ela questiona a idoneidade das testemunhas do caso. “Você vê as testemunhas do caso: policiais que prenderam os meninos, as vítimas dos furtos, mas quem vão ser as testemunhas dos dois meninos pretos, inocentes que foram presos? O sistema judiciário chega a ser bizarro”, comenta.
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Os irmãos foram presos no dia 1º de março, suspeitos de cometerem dois furtos em Diadema e São Bernardo do Campo, ambas na Região do ABCD Paulista. No entanto, no dia e horário dos furtos, ambos estavam em um bar, comemorando o aniversário de um amigo, com o pai deles, Luiz César. “Eles não saíram de perto de mim, só atravessaram a rua pra fumar, foi quando os policiais abordaram os dois”, relata o pai dos jovens.
Imagens de sistema de segurança confirmaram que os dois estavam longe dos locais dos crimes. Além disso, Gustavo, de 19 anos, não sabe dirigir, o que impossibilitaria o segundo furto, que os criminosos saíram dirigindo o Voyage prata, em São Bernardo do Campo.
Thalita Borges, irmã dos dois jovens ressalta que, mesmo com evidências da inocência dos dois, a justiça os mantém presos, e revela a falta que fazem em casa. “Eu entro no nosso quarto, onde a gente morou a vida inteira e não ver eles ali, só ver a cama arrumada, desde o dia que eles foram presos, dói demais”, afirma em entrevista à TV Record.
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