Um levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, a partir de dados dos Cartórios de Registro Civil do Rio de Janeiro, revelou que, entre os anos de 2020 e 2021, 26.017 recém nascidos foram registrados somente com o nome da mãe no Estado, um aumento de 20% em relação a 2019, último ano antes da pandemia.
Esses números representam 7% de todos os recém nascidos fluminenses e, segundo o Portal, é o menor índice de natalidade no Estado, desde 2003, início da série histórica. Os recordes são constatados justamente nos dois anos com os menores números de nascimentos: 196.475 registros em 2020 e 192.835 em 2021.
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Os reconhecimentos de paternidade também caíram no Estado nos últimos dois anos pandêmicos em 20%. Passou de 971 em 2020 para 781 em 2021. Para o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Humberto Martins Costa, os cartórios prestam um serviço importante e relevante para a sociedade, quando subsidiam dados para a implantação de políticas públicas eficientes. “Essas políticas públicas precisam ser direcionadas a contribuir com para o desenvolvimento da cidadania entre a população mais afetada pela pandemia”, afirma.
Brasil
Já no Brasil, em números absolutos, 327.806 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados apenas com o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 160.407 no primeiro ano de pandemia, e 167.399 mil no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houveram os menores números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 2.644.562 registros em 2020 e 2.642.261 em 2021.