No último dia de desincompatibilização, Governo exonera Sérgio Camargo

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O governo federal exonerou o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, na manhã desta quinta-feira (31), no último dia para desincompatibilização de cargos, quando a pessoa deixa um cargo público para concorrer às eleições, e o substituto ainda não foi anunciado.

Sérgio Camargo foi exonerado no último dia para saída de um cargo público para disputas eleitorais – Foto: Reprodução/Fundação Palamres

Na última terça-feira (29), Camargo se filiou ao Partido Liberal (PL), o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, para possivelmente concorrer a algum cargo eletivo, mas ainda não divulgou qual seria. “Filiei-me ao PL! Negros não precisam ser vítimas. Negros são livres. Pretos e brancos unidos. Palmares digna. Bolsonaro até 2026. Sigamos, patriotas!”, escreveu no Twitter no ato da filiação.

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Há algum tempo, assessores mais próximos ao presidente da República vinham pedindo a demissão de Camargo para reduzir a distância nas pesquisas entre o ex-presidente Lula e o chefe do Executivo nacional. Para esses assessores, Camargo “passou de todos os limites” quando atacou o congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado no Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro.

Na ocasião, Sergio Camargo disse que Moïse era “um vagabundo morto por outros vagabundos”. Além disso, Camargo se envolveu em outras polêmicas desde que assumiu o cargo na Fundação Palmares, em dezembro de 2019, como a troca do logotipo da Entidade, representada pelo martelo de Xangô, uma das entidades do Candomblé. “Muita gente, inclusive eu, achava que era uma palmeira estilizada. Mas é o machado de Xangô, informação que consta do documento que oficializou o símbolo”, escreveu na época.

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