O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até esta segunda-feira, 14, para se manifestar em uma ação que contesta o aumento do preço de combustíveis. A intimação foi feita na sexta-feira, 11, pela juíza Flávia de Macedo Nolasco, da 9a Vara Federal Cível do Distrito Federal, em processo movido pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) para suspender o reajuste em todo o País.
Além da Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e a própria estatal também devem se posicionar. A entidade diz que a política de preço do combustível não poderia ser atrelada ao valor internacional do barril de petróleo e que a opção prejudica o consumidor.
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A ação civil pública foi ajuizada pelo Conselho Nacional do Transporte de Cargas (CNTRC), Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos e de Jundiaí e pela Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, que reúne 235 deputados e 22 senadores. As entidades pedem a suspensão imediata do reajuste no preço da gasolina, que teve aumento de 18,8%, no litro do diesel, que subiu 24,9%, e no gás de cozinha vendido às distribuidoras, que teve aumento de 16,1%.
Em dezembro de 2020, a gasolina era vendida nas refinarias por R$ 1,83 o litro. Com a alta anunciada na sexta-feira, 11, o preço mais que dobra em pouco mais de um ano, com impacto na inflação. Em nota, a Petrobras disse que o movimento de reajustes “vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”.
Neste sábado, 12, o presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 12, que não conversou com os caminhoneiros sobre reajustes nos preços de combustíveis, mas afirmou estar ciente de que eles estão “chateados”. “Peço a compreensão deles. Entendo que a partir de hoje (ontem) subiu, sim, R$ 0,90 o preço do diesel, mas hoje diminuiu R$ 0,60. Espero que na ponta aqui, na bomba, esse valor se faça presente.”
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