Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que recursos destinados ao combate à Covid-19 foram utilizados para a compra de picanha e filé mignon pelo Ministério da Defesa, liderado pelo general Braga Neto.
O levantamento foi feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU e a Folha de São Paulo divulgou a informação, nesta segunda-feira (27). Segundo os dados, R$ 535 mil destinados à campanha de enfrentamento à pandemia foram realocados para a compra de artigos considerados de luxo. “Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia”, declararam os técnicos do TCU em relatório.
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“Além de não servir à finalidade a que se destina, a contratação desse tipo de insumo fere o princípio da moralidade previsto no art. 37 da Constituição Federal de 1988, o qual está diretamente relacionado à integridade nas compras públicas”, complementou o órgão.
O Ministério da Defesa foi uma das poucas pastas que, durante a pandemia, tiveram aumento de despesas. Ao contrário, Educação e Saúde tiveram redução nos gastos. Em nota enviada à Folha, a assessoria do Ministério disse que “as atividades do Exército, Marinha e Aeronáutica foram mantidas na pandemia. Isso inclui a alimentação fornecida às tropas”, disse o órgão.
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