Entre os anos de 2019 e 2021, durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o desmatamento em áreas protegidas aumentou 79%, em comparação ao período entre os anos de 2016 e 2018, é o que revela o levantamento Instituto Socioambiental (ISA), publicado nesta quarta-feira (22) pelo G1.
Os números são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), usando a base do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), considerada uma das mais precisas para medir as taxas anuais. O ISA analisou todas os tipos de Unidades de Conservação (UCs), federais, estaduais e terras indígenas da Amazônia, para a produção do seu relatório, nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Acre.
Nas UCs federais, segundo o relatório, o desmate foi de 130% maior que o período anteriormente analisado (entre 2016 e 2018). Ainda de acordo com o documento, “as UCs federais sofrem com altos níveis de invasões e ilegalidade na exploração de recursos naturais”, já nas UCs estaduais, a alta no desmatamento foi de 50%.
O Pará é o recordista em perda de vegetação, somente a Floresta Nacional do Jamanxim, localizada no sudoeste do estado, apresentou uma alta de 54% nos desmatamentos, em comparação com o ano de 2020.
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Já nas terras indígenas, o desmatamento foi ainda maior: 138% de aumento no governo Bolsonaro, em comparação ao último período analisado. O ano de 2012 foi o mais promissor da série histórica, com 4,5 km² de desmatamento, enquanto 2021 já conta com 13,2 km² de devastação.
O Ministério do Meio Ambiente ainda não se pronunciou sobre os dados.