ge lança campanha contra o racismo nos jogos eletrônicos

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Devido ao aumento de ataques racistas no eSports aos usuários, o ge está lançando a campanha “Respeito eh o jogo”, de combate ao racismo no universo dos jogos onlines. A ação conta com três vídeos, que estão sendo lançados nos perfis das mídias sociais do GE, neles são mostrados comentários reais que jogadores negros receberam e também depoimentos de gamers negros relatando que receberam ataques racistas. 

Os vídeos frisam a importância de realizar a denúncia das agressões ao disque 100 e de ter uma diversidade no universo dos esportes eletrônicos. Para o jornalista, Marcos Luca Valentim, um dos fundadores do podcast “Ubuntu Esporte Clube”, os jogadores que cometem esses ataques se escondem atrás de personagens, porém o ambiente virtual não é terra sem lei “Manter uma conduta antirracista é, antes de tudo, entender como o racismo opera na nossa sociedade. O esporte é uma excelente ferramenta de combate, pois ele chega a todo mundo. Como o ambiente de eSports tem muitos jovens, temos a oportunidade de plantar a semente da consciência ainda cedo”, disso Marcos Luca.

O jornalista, que participa das entradas do “GE em 1 minuto” nos intervalos das transmissões de esportes e foi um dos primeiros a aparecer na TV Globo com dreads, comentou também sobre a importância da participação da sociedade na mudança dessa realidade. “Ainda faltam os acessos para que mais pessoas negras possam frequentar esses espaços com qualidade. Há chaves para mudar isso, e o investimento em projetos sociais é um desses caminhos”, finalizou Marcos.

Participar do ativamente do eSports custa R$4mil e população negra ganha R$650,00

Para um brasileiro ter um computador gamer, que execute jogos onlines em uma qualidade razoável, é preciso desembolsar entre R$4mil e R$5mil. Porém segundo dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), através de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE), a população negra no Brasil tem a renda domiciliar per capita de R$650,00 enquanto os brancos têm uma renda de R$1.300,00 em 2019. 

Ainda no estudo do IPEA durante a pandemia, no ano de 2020, 54,1% dos negros foram demitidos ou estavam inativos, enquanto brancos são 48,8%. Quando analisado a faixa etária deste grupo 52,4% dos jovens negros tiveram maior dificuldade em conseguir um emprego. Com base nisso, uma pessoa negra precisa trabalhar 7 meses para comprar um computador de R$4mil, enquanto uma pessoa branca necessita trabalhar apenas 3,5 meses para comprar um computador com o mesmo valor.

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