Anderson Silva Sodre, 26 anos, brasileiro que morava em San Francisco, na Califórnia (EUA), foi encontrado morto nos Estados Unidos, no apartamento em que morava com amigos. Anderson foi para os Estados Unidos trabalhar como cuidador de crianças, lá ele sofreu episódios de racismo e denunciou publicamente o que estava passando.
Uma amiga próxima ao brasileiro foi quem passou o número dos familiares para as autoridades dos Estados Unidos e somente após esse contato os parentes de Anderson ficaram sabendo da morte, que aconteceu na quarta-feira (04). Ele trabalhava como entregador de aplicativos, de onde vinha a sua renda para pagar o aluguel.
Anderson Silva, era conhecido nas mídias sociais como Ander Jackson e tinha 116 mil seguidores. Em 2020, ele denunciou ao Portal G1 episódios de racismo que sofreu da família que trabalhava, nos dois meses que permaneceu na casa. Ele contou também que não tinha com quem conversar, nem brasileiros, e aí percebeu que tinha algo errado. Em outros momentos, a família obrigava Anderson a limpar o gelo dentro e fora da casa, e não levavam ele para sair de casa ou socializar com os amigos. Ainda segundo a amiga próxima, que não será identificada, foi aí que ele percebeu que era devido a cor negra de sua pele, e as pessoas com quem ele trabalhava não tinham amigos negros.
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Aqui no Brasil, a família de Anderson não tem condições financeiras de trazer o corpo dos Estados Unidos para Sorocaba, cidade que nasceu. O Itamaraty, por meio do consulado brasileiro em São Francisco, informou ter ciência do ocorrido, porém, em caso de morte de brasileiros no exterior, podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar os contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. Mas o traslado dos restos mortais de brasileiros mortos no exterior para o Brasil é uma decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos.
Gente, morreu de quê? Qual foi a causa da morte?