A terceira edição do Julho das Pretinhas, que acontece até o dia 31 de julho, reúne uma série de ações voltadas para o empoderamento de meninas negras, através de atividades culturais e educativas como bate-papos, oficinas e apresentações artísticas. A programação do evento tem como tema “Representatividade cura” e acontece virtualmente durante todo mês, através das redes sociais do Julho das Pretinhas. O evento é voltado para crianças, adolescentes, ativistas e educadores.
O festival que nasceu em 2019, é idealizado por Cássia Valle, que também assina a coordenação artística do evento, conta com apoio do Centro Educacional Maria Felipa, responsável pela coordenação pedagógica, e é organizado pela DiPreta Produções, Moinhos Giros de Arte e Cultura e do Selo Calu Brincante. O festival foi pensado devido ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho, buscando propor um evento voltado ao público infanto-juvenil.
O Julho das Pretinhas conta com oficinas de teatro, Podcast e maquiagem, voltadas para crianças e adolescentes negras, além de apresentações de teatro, música, dança e poesia. “Também teremos, todas as segundas-feiras, o Conto das Pretas com histórias de escritoras negras baianas e, às sextas-feiras, o Fala Pretinhas com meninas falando de sua perspectiva sobre representatividade”, diz Cássia Valle.
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Toda a programação é produzida e conduzida por mulheres negras, “tendo em vista a inclusão dessas narrativas para influenciar processos artísticos e educativos”. A idealizadora do evento conta ainda a importância de trazer referências e estimular a autoestima dessas crianças. “Para criarmos mulheres negras empoderadas, precisamos plantar a semente desde cedo e os meninos também estão convidados a entrar nessa roda, porque contribuímos na formação de homens mais conscientes no tratamento com essas mulheres”, conclui Cássia.