Em levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontou que 10% da população mundial passou fome em 2020 no mundo, totalizando entre 720 e 811 milhões de pessoas. Crianças e mulheres foram a maioria dos afetados, sendo intensificada pela pandemia do coronavírus. O continente africano foi o mais impactado, com 21% da população em subnutrição. Os países República Centro-Africana, a República Democrática do Congo, a República do Congo e a Somália, obtiveram maior índice de pessoas com fome.
A Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) tem como base para o levantamento a condição de um consumo habitual de comida para o indivíduo que não é suficiente para provê-lo com a quantidade de energia suficiente para ter uma vida normal, ativa e saudável. O estudo da ONU ainda aponta a pandemia como principal agente intensificador, com o isolamento social, o alto índice de desempregos e a falta de assistência, deixando exposto a desigualdade social mundial.
No Brasil, segundo estudo feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), 117 milhões de pessoas não tem alimentos suficientes para as refeições. Os brasileiros estavam fora do mapa da fome desde 2014, porém em 2020, voltou a aparecer no mapa devido o índice de 9% da população sofrer por insegurança alimentar, de acordo com a Rede Persan.
Ainda no Brasil, mulheres chefes de família, pretas, com baixa escolaridade e trabalho informal, foram os grupos mais impactados pela insegurança alimentar brasileira. Enquanto isso, o número de pessoas mais ricas do mundo cresceu para 2.755 em 2020, sendo 660 pessoas a mais que no ano anterior. 11 dessas pessoas moram no Brasil.