Vítima de uma bala perdida durante uma operação policial, família de jovem ainda não tem respostas sobre quem teria sido responsável pelo disparo.
Na última quinta-feira (8), completou um mês do assassinato de Kathlen Romeu, morta durante uma operação policial no Complexo do Lins, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. A jovem tinha 24 anos e estava grávida de apenas 14 semanas. Pelas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte de Kathlen. O caso, que está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), segue sem respostas.
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“Minha filha, minha única filha, hoje faz 30 dias que vocês nos deixaram e tudo mudou pra pior! Tão agressivo o que fizeram conosco! ”, em um desabafo, Jaqueline, mãe de Kathlen lamenta a perda prematura da filha e fala da falta que a jovem faz.
“Confesso que essa batalha está sendo doída demais! Não consigo entender os mínimos sinais! Tudo nebuloso e confuso!! Seus amigos, da vida, da Comunidade Black, as Farmetes…. Estão chocados! Sua família, destruída! Meus amigos e “inimigos”, choram comigo! Está tudo tão sombrio…ninguém entende nada! Ninguém acredita! Nossa dor chegou longe!”, diz Jaqueline.
O caso está sendo investigado de duas formas. Uma parte voltada para o criminal, onde a auditoria militar do Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita de crime militar e uma possível suspeita de fraude processual por parte dos policiais militares envolvidos no caso, que teriam alterado a cena do crime. E outra que identificar e responsabilizar o autor do tiro.
Enquanto as investigações não são concluídas, familiares compartilham revolta e cobraram respostas. “É incomensurável o nosso amor! Régua nenhuma irá medir o que nos tiraram! Perdi tanto! Desacreditada da vida, do bem, da fé…desnorteada!”, desabafou Jaqueline.