Aos quase 39 milhões de beneficiários do Auxílio Emergencial, que chega ao fim no próximo mês, o presidente Jair Bolsonaro disse para fazerem empréstimos em bancos. “Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo”, declarou Bolsonaro durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (01).
O auxílio emergencial é pago temporariamente a desempregados, trabalhadores informais e pessoas com baixa renda e tem valor mensal entre R$ 150 e R$ 375. Segundo o dado mais recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), de abril, 68% dos brasileiros estão endividados e 24% estão inadimplentes.
Bolsonaro também criticou medidas de contenção ao contágio da covid, como restrições à circulação e a atividades não essenciais.
“Sabemos da situação difícil da população que perdeu empregos, que não foi por culpa do presidente. Eu não obriguei ninguém a ficar em casa, não fechei o comércio, em consequência, eu não destruí empregos“, disse. “Quem fez isso daí foi de forma irresponsável, porque não existe qualquer comprovação científica de que o lockdown evita você se contaminar. Pode atrasar você se contaminar, mas você vai ficar fazendo lockdown até quando?“
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil bateu recorde no país e atingiu 14,7% no primeiro trimestre deste ano, a maior desde que se começou o registro em 2012.
O presidente criticou também o fechamento de escolas durante os períodos de surto de covid e afirmou: “Temos que encarar o vírus.” Desde março de 2020, 462,1 mil brasileiros morreram em decorrência da doença e, até hoje, o país imunizou com duas doses de vacina apenas 13,8% da população. A CPI da Covid, no Senado, revelou que Bolsonaro recusou onze ofertas de vacinas de duas fabricantes que queriam fazer do Brasil vitrine da vacinação.
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