Ataque com bomba em estabelecimento com terreiro de umbanda levanta suspeita de racismo religioso

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Um ataque com bomba contra um terreiro de umbanda em Bauru (SP) na última quarta-feira (3) levantou suspeita de racismo religioso. O crime, que desde 2023 tem pena equiparada ao racismo, prevê de dois a cinco anos de reclusão. O suspeito da ação, flagrado por câmeras de segurança ao arremessar o artefato contra a fachada do local, segue sem identificação.

O episódio, que não causou feridos, alarmou a comunidade religiosa. “As colaboradoras testemunharam a ação e estão, agora, com medo de vir trabalhar. Toda a equipe está assustada”, explicou Sarah Gomes à reportagem do G1, funcionária do espaço. O imóvel também sedia o escritório de uma plataforma de cursos sobre a religião.

Vítimas entendem que o ataque não foi dirigido a uma empresa comum por ser no mesmo prédio, mas a uma instituição de umbanda – Foto: reprodução câmera de segurança.

Sarah Gomes acredita que a motivação foi a intolerância. “O ataque não foi dirigido a uma empresa comum. Foi um ato contra uma instituição de umbanda e contra o nosso espaço sagrado”, afirmou. Ela reforçou que o local já havia sofrido hostilidades anteriores. “Também já tivemos casos de agressões verbais”, disse.

A comunidade defende que o ato foi um crime de ódio motivado pela identificação religiosa na fachada. Antes da mudança na lei, casos do tipo eram tratados como injúria racial, com pena menor. Com a nova legislação, a prática de violência contra manifestações religiosas é punida com mais rigor.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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