Guarda Costeira dos EUA deixará de classificar suásticas como símbolo de ódio

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A Guarda Costeira dos Estados Unidos decidiu rebaixar a classificação de alerta atribuída a símbolos supremacistas, incluindo suásticas. Documentos obtidos pelo jornal The Washington Post mostram que, a partir de 15 de dezembro, a marca associada ao regime nazista deixará de ser considerada símbolo de ódio e passará a ser tratada como “potencialmente divisiva”.

A mudança altera a forma como agentes serão responsabilizados. Militares flagrados portando suásticas não responderão mais a processos disciplinares por “comportamento de assédio”. Da mesma forma, símbolos nazistas identificados em missões em alto mar deixam de receber a classificação máxima de alerta.

A suástica, utilizada pelo Partido Nazista na Alemanha e amplamente reconhecida como representação da supremacia branca, passa a dividir espaço com outros símbolos que também tiveram sua classificação reduzida, como as bandeiras confederadas dos Estados Unidos. Estas bandeiras são historicamente associadas a defensores da escravidão no país.

Instituição rebaixou a classificação de alerta sobre símbolos supremacistas Foto: reprodução redes sociais

Até então, a diretriz vigente desde 2019 determinava que comandantes da Guarda Costeira poderiam remover suásticas e outros símbolos supremacistas exibidos por militares ou encontrados durante operações. Qualquer agente que identificasse um símbolo deveria relatar imediatamente o caso a um superior na cadeia de comando.

Com a nova política, o prazo para que militares reportem símbolos supremacistas passa a ser de 45 dias, o que flexibiliza a resposta institucional diante dessas ocorrências.

A Guarda Costeira faz parte das Forças Armadas, mas não é subordinada ao Departamento de Defesa, e sim ao de Segurança Interna.

No primeiro dia do atual mandato, Donald Trump demitiu a almirante Linda Fagan, que havia sido a primeira mulher a comandar a Guarda Costeira. A gestão da militar teve foco em iniciativas de diversidade e no combate a agressões sexuais e abusos dentro da Guarda Costeira.

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