Desemprego entre jovens sobe para 12,3% no 3º trimestre, aponta IBGE

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A taxa de desemprego entre os jovens brasileiros voltou a subir no 3º trimestre de 2025. Segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE, o índice passou de 12,0% para 12,3% entre pessoas de 18 a 24 anos, interrompendo a trajetória de queda registrada nos meses anteriores. Apesar da alta, este ainda é o segundo menor patamar da série histórica, iniciada em 2012.

No mesmo período, o Brasil registrou queda na taxa geral de desocupação, que passou de 5,8% para 5,6% , o menor nível da série. Isso significa que 6 milhões de pessoas estavam desempregadas no país, número 3,3% menor que no trimestre anterior e 11,8% inferior ao registrado um ano antes.

Quem mais sente o impacto

Entre todos os grupos analisados, apenas duas faixas etárias registraram queda na desocupação:

  • 18 a 24 anos: 12,3%
  • Mais de 60 anos: 2,7%

As demais reduziram o desemprego:

  • 14 a 17 anos: 21,2%
  • 25 a 39 anos: 5,2%
  • 40 a 59 anos: 3,6%

Apesar do número absoluto de jovens desempregados ter se mantido estável (1,797 milhão), eles continuam representando quase 30% de toda a população desocupada do país.

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Regiões e situação do mercado de trabalho

A taxa de desemprego caiu apenas no Nordeste, indo de 8,2% para 7,8%, mas a região segue com o maior índice do país. Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste permaneceram estáveis.

O nível de ocupação chegou a 58,7%, impulsionado pelo crescimento no Nordeste, enquanto as demais regiões ficaram estáveis.

A população ocupada soma 102,4 milhões de pessoas, sendo:

  • 69,4% empregados,
  • 4,1% empregadores,
  • 25,3% trabalhadores por conta própria (com maior presença no Norte e Nordeste),
  • 1,2% trabalhadores auxiliares familiares.

Entre os empregados do setor privado, 74,4% têm carteira assinada, mas Norte e Nordeste apresentam os menores índices, abaixo de 61%.

Rendimentos e setores que mais empregam

O rendimento médio real subiu para R$ 3.507, e a massa salarial alcançou R$ 354,6 bilhões. Comércio (18,7%) e administração pública/educação/saúde (18,6%) lideram a ocupação.

A agricultura e a indústria seguem perdendo participação desde 2012, enquanto áreas ligadas à informação, finanças e serviços sociais continuam ganhando força.

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