STF suspende investigação contra parentes que resgataram corpos após operação no Alemão e na Penha

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu interromper a investigação que estava sendo conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a retirada de corpos após a operação policial que resultou em 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. A medida partiu do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 48 horas para que o delegado responsável envie informações sobre o caso.

No mesmo despacho, Moraes exigiu que o governo do estado preserve as gravações feitas pelas câmeras corporais usadas pelos agentes durante a ação, além da entrega dos laudos de autópsia das vítimas para o STF. A operação aconteceu na semana anterior e, no dia seguinte, moradores carregaram os corpos para fora da área de mata que separa as duas comunidades, o que motivou a abertura do inquérito.

Com a determinação do STF, a apuração fica suspensa até que o ministro analise as respostas da Polícia Civil e o material solicitado – Foto: André Melo.

Quando o procedimento foi instaurado, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a corporação investigaria “possível fraude processual”. Segundo Curi, haveria indícios de que roupas camufladas estariam sendo retiradas dos mortos, o que poderia afetar o trabalho pericial.

A Polícia Civil disse em nota que a 22ª DP (Penha) abriu o inquérito assim que tomou conhecimento da remoção dos corpos e da suposta retirada do fardamento. O órgão declarou ainda que o objetivo não era atingir familiares das vítimas, e sim apurar uma possível orientação de lideranças de facção criminosa para esconder vínculos entre os mortos e o grupo.

Com a determinação do STF, a apuração fica suspensa até que o ministro analise as respostas da Polícia Civil e o material solicitado, como imagens e laudos. A preservação dessas provas foi considerada essencial para esclarecer as circunstâncias das mortes e os procedimentos adotados depois da operação.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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