O turismo doméstico gerou R$ 22,8 bilhões para a economia brasileira em 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Turismo, divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo. O valor representa uma alta de 11,7% em relação a 2023. O gasto médio dos viajantes também cresceu, passando de R$ 1.706 para R$ 1.843, um aumento de 8%.
No período, foram registradas 20,6 milhões de viagens nacionais com pernoite. A maioria (85,5%) ocorreu por motivos pessoais, sendo o lazer a principal motivação (39,8%), seguido por visitas a familiares e amigos (32,2%).
De acordo com o ministro do Turismo, Celso Sabino, os dados confirmam a força do setor como vetor de desenvolvimento. “Cada viagem representa geração de emprego, renda e novas oportunidades para os destinos nacionais. Nosso trabalho é transformar esses dados em políticas públicas que impulsionem ainda mais o setor”, afirmou.

O levantamento mostra que sol e praia seguem como principais atrativos, representando 44,6% das viagens de lazer em 2024. Mas o segmento de cultura e gastronomia vem ganhando destaque: representava 15,5% das viagens em 2020, subiu para 21,5% em 2023 e chegou a 24,4% em 2024, registrando crescimento contínuo.
Quanto à duração das estadias, as viagens de 2 a 3 pernoites foram as mais frequentes, somando 5,9 milhões (28,7%). No entanto, os maiores crescimentos proporcionais ocorreram em viagens de longa duração, como as de 6 a 7 pernoites (9,4%), 11 a 15 pernoites (8,7%) e 16 ou mais pernoites (6,9%).
A pesquisa também aponta que a Região Sudeste concentrou a maior parte das origens das viagens, com destaque para o fluxo entre Sudeste, Nordeste e Sul, evidenciando a relevância do turismo interno no país.
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