Pressão “12 por 8” agora é considerado pré-hipertensão, dizem cardiologistas

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Por muito tempo, a pressão arterial 12 por 8 foi sinônimo de saúde perfeita. Mas isso mudou. Segundo novas diretrizes médicas anunciadas no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, essa medida passa a ser classificada como pré-hipertensão, acendendo um sinal de alerta para riscos futuros como AVC e infarto.

De acordo com a nova diretriz, valores entre 120-139 mmHg (sistólica) e/ou 80-89 mmHg (diastólica) entram na categoria de pré-hipertensão. A hipertensão arterial continua sendo definida como 14 por 9 ou mais.

O objetivo da mudança é reforçar a prevenção. A partir dessa faixa, os profissionais de saúde devem recomendar mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, redução do consumo de sal e prática de atividades físicas, além do monitoramento frequente da pressão. A ideia é evitar que o quadro evolua para hipertensão.

Além disso, a diretriz atualizou a meta de tratamento para pessoas já diagnosticadas com hipertensão: a pressão deve estar abaixo de 13 por 8. Já o tratamento não medicamentoso passa a ser indicado para todos, hipertensos ou não, e inclui:

  • Não fumar
  • Controlar o estresse
  • Praticar exercícios regularmente
  • Reduzir o consumo de álcool
  • Ter uma dieta balanceada

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Mudança acompanha diretriz europeia

A nova classificação segue tendência internacional. Em 2024, a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) também revisou seus parâmetros. Agora, a pressão é dividida em:

  • Pressão não elevada: abaixo de 12 por 7
  • Pressão elevada: entre 12/7 e 13,9/8,9
  • Hipertensão: a partir de 14 por 9

Na prática, quem apresenta 12 por 8 não é hipertenso, mas está em uma zona de risco.

Prevenção pode evitar até 80% das complicações

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), até 80% dos casos de AVC, infarto e insuficiência renal podem ser prevenidos com medidas simples. Controlar o peso, reduzir o sal e medir a pressão com frequência estão entre as ações recomendadas.

Com a nova diretriz, a medicina preventiva ganha mais força. Pessoas com pressão “quase alta” deixam de ser consideradas fora de risco e passam a receber orientações específicas para manter a saúde em dia.

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