A professora Melina Fachin, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi vítima de uma agressão dentro das dependências da instituição na última sexta-feira (12), é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. O episódio foi relatado por seu marido, o advogado Marcos Gonçalves. De acordo com ele, um homem branco, ainda não identificado, cuspiu em direção à docente e a insultou com expressões ofensivas, entre elas a frase “lixo comunista”.
Gonçalves relacionou a violência ao ambiente político atual, argumentando que atitudes desse tipo derivam do radicalismo extremista. “Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso do ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema-direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”, afirmou em nota.

A agressão ocorreu na mesma semana em que o Supremo julgava um processo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro, no entanto, não teve participação nesse julgamento, pois não faz parte da Primeira Turma da Corte.
Até o momento, a Universidade Federal do Paraná não divulgou posicionamento oficial sobre a ocorrência. O agressor não foi identificado, e as circunstâncias seguem sob apuração das autoridades.
O caso reforça preocupações acerca da violência política no país e dos riscos crescentes enfrentados por políticos, ministro, professores, pesquisadores e gestores acadêmicos em função de posicionamentos ideológicos atribuídos a eles.
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