Versão nacional das canetas emagrecedoras chega às farmácias

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A versão nacional da ‘caneta emagrecedora’ à base de liraglutida está disponível nas farmácias brasileiras já nesta semana. A EMS foi a primeira a lançar o produto, que foi batizado de Olire, n​a última segunda-feira (04), com expectativa de comercializar cerca de 500 mil unidades em 12 meses.

Essas canetas injetáveis, semelhantes ao Wegovy e Ozempic, têm gerado interesse crescente. O aumento da procura se acelerou nas semanas que antecederam a aprovação de Mounjaro (​Tirzepatida) e à adoção de regras mais rígidas da Anvisa para a venda desses medicamentos. As novas normas passaram a exigir retenção de receita nas farmácias desde 23 de junho, para coibir uso fora de prescrição médica adequada.

Canetas emagrecedoras são vendidas com receita a partir desta semana. / Foto: Freepik

A Anvisa relatou número elevado de eventos adversos por uso inadequado, segundo dados do sistema VigiMed (sistema para notificação de eventos adversos relacionados a medicamentos e vacinas), pois cresce o número de pessoas que utilizam essas canetas com acompanhamento médico e também por conta própria, embora o uso sem orientação aumente os riscos.

As canetas emagrecedoras são agonistas do receptor GLP‑1 (Peptídeo Semelhante ao Glucagon-1 — hormônio que ajuda na regulação da glicose), utilizadas originalmente no tratamento da diabetes tipo 2 e agora aprovadas para obesidade, como a ​Tirzepatida (Mounjaro) e semaglutida (Wegovy). No Brasil, ainda não há dados públicos detalhados sobre proporções de uso com ou sem prescrição médica, mas especialistas e entidades de saúde alertam para automedicação, tráfico e risco à saúde pública.

A expectativa é que a versão nacional torne o tratamento mais acessível e reduza a dependência de importação, especialmente após a expiração de patentes internacionais. Enquanto isso, a Anvisa mantém o controle mais rígido sobre prescrição e dispensação para proteger a saúde da população.

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