Nordestinos e pretos são os que mais rejeitam Governo Bolsonaro, segundo DataFolha

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O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante a gestão da crise sanitária da COVID-19, atingiu o pior número de rejeição desde o início do seu mandato. Segundo o DataFolha, 54% dos brasileiros classificam a atuação do Presidente como ruim ou péssima.

A região que mais rejeita a gestão de Bolsonaro é o Nordeste, onde 49% dos moradores classificam a atuação com péssima ou ruim. O Sul, Centro-Oeste e o Norte são as regiões que menos reprovam a gestão do presidente, com respectivamente 13% e 17% e 17%. O Nordeste é a região que mais acessa as políticas de assistência do Governo Federal, correspondendo a 27% no total de acessos. Consequentemente, após três meses sem auxílio emergencial, estão sendo as mais atingidas pelos efeitos colaterais da pandemia. Contudo, é possível ver o mesmo desenho durante a eleição de Bolsonaro em 2018, onde o Nordeste  foi a única região do Brasil em que não venceu as eleições.

Pior número de rejeição

Sua rejeição também é maior entre os que têm ensino superior (65%), entre os pretos (61%), entre os funcionários públicos (60%) e entre as mulheres (58%). Quando questionados sobre a possibilidade de um impeachment se mostraram favoráveis às mulheres (49% a 46%), os mais jovens (51% a 44%) e os pretos (49% a 45%). Para 43% dos entrevistados, Bolsonaro é o maior culpado pela crise da COVID-19, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres e negros são os mais afetados pela pandemia. 

pior número de rejeição
Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Segundo especialistas, o sistema de saúde está cada dia mais próximo de entrar em colapso e a falta de uma ação para conter isso por parte do Governo Federal tem impactado diretamente na rejeição do presidente. Estamos há um ano na pandemia e já tivemos 4 trocas no Ministério da Saúde, sendo a última essa semana. Estamos sem nenhum controle sobre a pandemia e sem um direcionamento positivo por parte do Presidente, com vacinas atrasadas, o miséria cada vez mais presente na casa dos brasileiros e a redução do valor e do alcance e do valor do auxílio emergencial que foi o que garantiu o sustento de muitas famílias durante a pandemia. 

A amostra foi realizada com 2.023 pessoas entre os dias 15 e 16 de março. Sendo  margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. Em pesquisa divulgada pelo DataFolha,

Os dados foram divulgados no mesmo dia que o Brasil bateu mais um triste recorde de mortes na pandemia com 2.719 vidas perdidas em 24h, totalizando 282.400 mortes desde o começo da pandemia.

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