A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta semana, a denúncia do Ministério Público contra o cantor MC Poze do Rodo e outras seis pessoas, acusados de tortura e extorsão mediante sequestro contra seu ex-empresário, Renato Medeiros, em 2023. A decisão, tomada pela 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital, considera que há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime. Os réus responderão ao processo em liberdade.
Segundo as investigações da 42ª Delegacia de Polícia (Recreio), Renato Medeiros teria sido mantido em cárcere por aproximadamente uma hora e meia e sofreu agressões físicas com socos, chutes, queimaduras de cigarro e golpes com um objeto de madeira com pregos. A motivação, segundo o Ministério Público, seria a tentativa de forçá-lo a confessar o suposto furto de uma joia, acusação que não foi comprovada durante o inquérito.

A acusação foi aceita pela 11ª Vara Criminal com base nos elementos colhidos ao longo da investigação. Segundo o Ministério Público, os indícios apontam para a materialidade dos crimes e a possível participação dos denunciados. A Justiça determinou que os réus sejam citados e apresentem resposta à acusação no prazo de 10 dias.
Além de MC Poze do Rodo nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, foram denunciados por tortura e extorsão mediante sequestro: Fábio Gean Ferreira da Silva, Leonardo da Silva de Melo, Matheus Ferreira de Castilhos, Maurício dos Santos da Silva, Rafael Souza de Andrade e Richard Matheus da Silva Sophia. Outros três indivíduos Rodrigo da Silva, Eric José Fernandes da Silva e Ronnie de Souza foram denunciados por falso testemunho.
Em nota, a defesa do cantor afirmou que o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público “não tem fundamento”. O advogado Fernando Henrique Cardoso, que representa MC Poze, declarou que o artista tem respeitado todas as medidas cautelares impostas desde o início do processo e que irá provar sua inocência ao longo da tramitação judicial.
O advogado Rodrigo Castanheira, que representa Renato Medeiros, afirmou que os documentos e depoimentos reunidos ao longo da investigação sustentam as denúncias. Segundo ele, as medidas solicitadas pelo Ministério Público, incluindo a prisão preventiva dos acusados, visam garantir a ordem pública e a correta condução do processo, dado o grau de violência dos fatos relatados.
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