A plataforma TikTok anunciou novas ferramentas de segurança parental que incluem a possibilidade de os adolescentes alertarem seus pais ou responsáveis ao reportarem conteúdo ou ao realizarem postagens como vídeos, fotos ou stories.
Segundo a Newsroom do aplicativo, O recurso faz parte da expansão do sistema Family Pairing, que permite aos pais vincular suas contas às dos filhos para gerenciar diversos aspectos da experiência no aplicativo.
Entre as novas funções está o “Report Alerts”, que autoriza o adolescente a escolher enviar uma notificação ao responsável quando ele reporta um vídeo que acredita violar as diretrizes da plataforma, mesmo nos casos em que o modo Family Pairing não está ativado.
Outra novidade é o controle de acessos que permite agendar horários em que o adolescente não pode usar o TikTok, chamado “Time Away”, útil para momentos como escola, refeições em família ou descanso noturno. O jovem pode solicitar mais tempo, mas a decisão final cabe ao responsável. Os pais também passam a ter acesso à lista de pessoas que o adolescente segue e que o seguem, bem como contas bloqueadas, e as interações na rede.

Todas essas funcionalidades já são combinadas com as já existentes, como a de limite diário de 60 minutos para menores de 18 anos; contas privadas por padrão para quem tem entre 13 e 15 anos; controle automático de notificações push desabilitadas à noite dependendo da faixa etária.
Faixa etária
Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, 83% das crianças e adolescentes (9 a 17 anos) têm perfil em ao menos uma rede social. Entre eles, 45% utilizam o TikTok, percentual que se aproxima dos usuários do Instagram e supera outras plataformas como YouTube e Facebook.
O algorítmo
Um estudo da Cornell University mostra que criadores de conteúdo negros enfrentam viés algorítmico e moderação desigual no TikTok. Segundo pesquisa recente, algoritmos da plataforma tendem a marginalizar ou silenciar vozes pretas, reduzindo sua visibilidade e alcance, apesar da importância cultural desses criadores nas tendências e na produção de conteúdo global.
Além disso, outro levantamento do NIC.br destaca que 84% dos jovens (13 a 24 anos) já encontraram conteúdo discriminatório nas redes sociais. Os alvos mais frequentes incluíam homens negros, imigrantes, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Isso reforça como o ambiente digital expõe adolescentes negros a conteúdos ofensivos com maior frequência.
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