Colômbia e Venezuela articulam presença militar na Faixa de Gaza em grupo criado por África do Sul

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Durante discurso em reunião da cúpula do Grupo de Haia, em Bogotá, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu a presença da força militar do país na Faixa de Gaza. A medida tem o objetivo de aumentar a proteção da Palestina, o governante afirmou que vai mobilizar as tropas do país para frear a escalada de mortes no conflito que ele classifica como genocídio. O encontro foi nesta quarta-feira (16). A criação do grupo de Haia foi uma iniciativa da África do Sul em solidariedade aos palestinos na guerra.

Embora Gustavo tenha defendido o uso das forças armadas, segundo ele, é preciso usar todas as ferramentas diplomáticas possíveis para deter os conflitos, concluindo que o uso da força seria a última alternativa.

“Nosso objetivo é simples: Implementar medidas jurídicas, diplomáticas e econômicas concretas que possam deter a destruição em Israel e defender o princípio fundamental de que nenhum estado está acima da lei”, discursou durante o encontro.

Presidente da Colômbia pede força militar na Faixa de Gaza – Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil


O governo venezuelano demonstrou apoio por meio de uma carta enviada por Nicolás Maduro elogiando as ações da Colômbia junto à África do Sul, contra os ataques israelenses, Maduro ainda demonstrou ver com bons olhos a reunião da cúpula do Grupo de Haia e disse que a iniciativa representa uma resposta moral e política, além disso, o mandatário condenou os conflitos violentos.

“O que vemos em Gaza, Rafah,Nablus e em toda a Palestina, não é um conflito entre iguais. É um plano sistemático para destruir um povo, erradicar sua identidade e apagar sua memória. É um crime contra a humanidade.”, diz em trecho do documento.

Ainda durante o encontro, o presidente Gustavo Petro anunciou o encerramento da parceria entre a Colômbia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o país era sócio global da organização desde 2017.


“Da Otan devemos sair, não há outro caminho. A relação com a Europa não pode passar com povos que ajudam, povos não, porque os povos europeus não ajudam. Com governos europeus que traem seu próprio povo e estão ajudando a jogar bombas.” declarou.

O Grupo de Haia

A cúpula formada por representantes de oito países e alguns movimentos sociais, organizaram alguns eventos durante dois dias em Bogotá, na Colômbia, com o objetivo de debater ações contra Israel em relação aos conflitos violentos na Palestina. A reunião contou com representantes de Bolívia, Cuba, Honduras, Senegal, África do Sul, Malásia, Namíbia e a anfitriã Colômbia. No encontro, os grupos sociais promoveram a semana de Solidariedade com Palestina que está acontecendo paralelamente aos debates do Grupo de Haia.


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Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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