Mesmo tendo sido condenado a 8 anos e 3 meses de prisão por crimes ligados a racismo e capacitismo, o humorista Léo Lins voltou aos palcos com a turnê “Enterrado Vivo”, marcada por piadas ofensivas sobre minorias e temas sensíveis como racismo, pedofilia, deficiência e HIV.
Segundo apuração do Diário do Centro do Mundo, após condenações judiciais, ele passou a adotar medidas como lacre de celulares e proibição de gravações para evitar novas punições. Em apresentações recentes no Teatro Sir Isaac Newton, em São Paulo, Lins lotou duas sessões e manteve o estilo agressivo. Zombou da morte de Paulo Gustavo, da aparência de Thais Carla e da saúde de Preta Gil. Atacou jornalistas, inclusive uma repórter de O Globo, sem citar nomes, e disse que suas piadas são “tiradas de contexto”.

Mesmo diante da polêmica, o humorista foi ovacionado por parte do público, tirou fotos com fãs após o espetáculo e incentivou a compra de seus livros como forma de garantir lugar na fila para registros, de acordo com apuração do DCM.
Léo Lins foi condenado por espetáculo gravado em 2022 e publicado no YouTube. A sentença, proferida pela juíza Bárbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, considera que o conteúdo apresentado ultrapassou os limites da liberdade de expressão e configurou discurso de ódio.
No início de junho, Léo Lins recebeu uma caixa com etiqueta escrito “kit cadeia” e postou em seus stories do Instagram. Ele publicou a foto da caixa com uma algema, um celular, uma cartela de cigarros e uma fita verde e amarela. A etiqueta trazia a mensagem “kit cadeia”. “Levaram pra mim: algema, celular e cigarro”, escreveu sobre a foto e completou: “Isso é rir da minha desgraça. Vou processar! (aviso: ironia)”, escreveu.
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