Após quase 70 anos, OMS certifica Suriname como primeiro país amazônico livre da malária

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou o Suriname como primeiro país do território amazônico a ficar livre da malária. O país, que lutava há quase 70 anos para controlar a doença, se tornou o 46º país a obter a certificação. A infecção se propaga principalmente pela picada da fêmea infectada do mosquito prego, ou Anopheus no jargão científico.

“Este certificado é reflexo de anos de esforço constante, especialmente para chegar a áreas remotas. Significa que as gerações futuras podem crescer livres dessa doença potencialmente mortal”, disse diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) Jarbas Barbosa em comunicado.

Após quase 70 anos, OMS certifica Suriname como primeiro país amazônico livre da malária – foto: Pixabay

O território surinamês tem vasta extensão em garimpos, ambiente propício para criadouros do mosquito prego, o que explica a batalha do país desde 1950 contra a doença. Uma das primeiras medidas foi a pulverização de pesticidas dentro das residências, procedimento nomeado de “tratamento malárico”, sem sucesso, visto que no ano de 2001 cerca de 15 mil casos de malária foram registrados.

Alguns anos depois, a partir de 2005, a situação foi controlada com apoio do Fundo Global de combate a AIDS, Tuberculose e Malária, com a distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida, melhorias na microscopia e uso de testes rápidos de diagnósticos,especialmente na população vinda de outros países. Segundo a OMS, o último caso de malária no Suriname foi registrado em 2021.

“Estamos cientes de que manter esse status exigirá vigilância contínua. Devemos continuar adotando as medidas necessárias para prevenir a reintrodução da malária. Estamos orgulhosos que nossas comunidades estejam agora protegidas e ansiosos para receber mais visitantes em nosso belo Suriname.” Disse Amar Ramadhan, ministro da Saúde do Suriname.

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Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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