Gerson King Combo, o Rei do Soul Brasileiro, morre na madrugada desta quarta-feira

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Considerado o James Brown brasileiro nos anos 1970, autor de discos que viraram clássicos do funk brasileiro, com músicas como “Mandamentos black“, “Andando nos trilhos” e “God save the King“, Gerson King Combo faleceu na madrugada desta quarta-feira (23), aos 76 anos.

O artista morreu em decorrência de infecção generalizada e de complicações da diabetes após súbita internação, segundo sua assessoria de imprensa. No último final de semana, Gerson participaria de sua primeira live, no Caxias Music Festival, mas cancelou devido a problemas com a saúde. Ainda não informações sobre velório ou sepultamento.

O DJ e um dos ícones do movimento Charme carioca, Iones Lindesay conta que Gerson foi o precursor do movimento Black Rio e inspirou uma geração de artistas e DJs na década de 1970. “King Combo marcou minha infância musical. É uma grande referência para todos nós, um ícone. A importância dele para a música negra brasileira é monumental. Ele representa tudo para a soul music brasileira” comenta Iones Lindesay que tocou em um dos últimos bailes em que o “Rei do Soul” se apresentou.

A história do Rei do Soul

Gerson King Combo começou sua carreira em 1963, fazendo dublagem no programa “Hoje é Dia de Rock”, apresentado por Jair de Taumaturgo. Ele, que também já foi dançarino e coreógrafo, inspirou-se no Black Music americano e no final dos anos 1960  formou uma nova banda que se apresentava da zona norte a zona sul carioca tocando e dançando nos Bailes da pesada, de Big Boy e Ademir Lemos, sendo aclamado como “rei dos bailes” e “James Brown brasileiro”. Foi então que ele decidiu lançar seu primeiro LP.

Em meados dos anos 70, com o crescimento da cena dos bailes na periferia, o movimento Black Rio ganhou notoriedade nacional e, com o interesse das gravadoras no novo som, Gerson conseguiu gravar seus dois discos de maior sucesso – Gerson King Combo, de 1977, e Gerson King Combo – Volume II, de 1978 – conseguindo sucesso radiofônico e nos bailes, com “Mandamentos Black”“God Save the King”“Funk Brother Soul” e “Good Bye”.

Gerson decidiu e passa a trabalhar como produtor de eventos e no final da década de 1990 e passou a fazer shows e gravar novamente, lançando mais dois álbuns. Ele é considerado um dos principais nomes da música negra brasileira, juntamente com Tim Maia, Hyldon e Cassiano.

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