Livro “Pegadas no Rio, sombras no tempo” aborda biografias, histórias e trajetórias africanas

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Resultado dos trabalhos do grupo de pesquisa Áfricas: Sociedade, Política e Cultura (Uerj-CNPq), o livro Pegadas no rio, sombras no tempo – Biografias, histórias de vida e trajetórias africanas, organizado pelos pesquisadores Matheus Serva Pereira, Silvio de Almeida Carvalho Filho e Washington Nascimento convida o público a conhecer biografias, histórias de vida e trajetórias de personagens pouco abordadas na historiografia africana, contribuindo para problematizar não só as grandes narrativas ocidentais como o próprio exercício de construção histórica.

Nesse sentido, a obra nos lembra que também o ato de narrar a África por africanos sempre está atravessado por disputas de poder e entrelaçado em contextos políticos, sociais e culturais específicos, que não podem ser desconsiderados.

O livro é do Selo Negro Edições /Foto: Notícia Preta

Os textos reunidos na obra abarcam um vasto período (da antiga civilização cuxita, no Sudão do século I AEC, ao Moçambique do século XXI) e nos levam a percorrer diferentes regiões da África, explorando temas como o papel do feminino, a formação de elites locais, racismo, resistência, emancipação, construção de heróis e nacionalismo, entre outros. A diversidade de personagens, escolhidas por seu protagonismo em diferentes contextos, dá visibilidade às muitas camadas do que significa ser africano.

Produzido no âmbito do grupo de pesquisa Áfricas: Sociedade, Política e Cultura (Uerj CNP q), esta coletânea, ao cruzar diferentes geografias e temporalidades, apresenta uma riqueza de abordagens, que nos ajudam a (re)ler temas como resistência, emancipação, cultura, construção de heróis, racismo e nacionalismo, entre muitos outros, constantemente problematizados pelos seus autores. São leituras que nos trazem igualmente discussões sobre alguns conceitos e sua operacionalização, introduzindo autores contemporâneos, para realçar o papel dos sujeitos africanos na história da África“. Esse é um trecho do prefácio de Teresa Cruz e Silva, docente da Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique.

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