“O Brasil é plural e precisamos avançar mais nas diversas representações”, diz André Câmara, diretor artístico de ‘Volta Por Cima’

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A atual novela das 19h da TV Globo, ‘Volta Por Cima’, se destaca com o protagonismo de personagens negros na trama que se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, levando mais diversidade para as telas. Em entrevista ao Notícia Preta o diretor artístico do projeto, André Câmara, falou da importância de levar um elenco mais diverso para representar o Brasil.

O Brasil é plural e precisamos avançar ainda mais nas diversas representações e etnias, seja na TV ou em outras frentes artísticas. Como profissional, meu objetivo é contribuir para a criação de um imaginário mais democrático e representativo, onde as narrativas reflitam as diferentes realidades do Brasil”, afirma André.

André Camara (no meio) com a atriz Jéssica Ellen e o ator Fabrício Boliveira, protagonistas de ‘Volta por Cima’ /Foto: Arquivo Pessoal

Com mais de 10 produções de destaque em seu currículo — entre eles, trabalhos premiados, como as novelas ‘Orfãos da Terra’ e ‘Lado a Lado’, ambas vencedoras do Emmy Internacional —, o diretor já tem em sua carreira trabalhos de destaque para pessoas negras. Mas a atual novela, para ele, demonstra um movimento importante na TV.

“Vejo ‘Volta Por Cima’ como parte de um movimento muito bem-vindo e importante para a televisão brasileira, que busca refletir a riqueza cultural e a diversidade do Brasil, e isso é algo que, como diretor, me interessa muito. Tenho muita sorte de estar dirigindo um texto da Claudia Souto, uma autora comprometida com o propósito de trazer para a televisão não só entretenimento, mas também diversidade, conflitos, subjetividades e os sonhos do povo brasileiro, mostrando a riqueza e a complexidade das suas histórias”, conta.

Além disso, o diretor artístico da novela também fala sobre as diferentes etnias presentes na novela, para além dos personagens negros de destaque.

“Também temos outras representações na novela: personagens asiáticos, entre eles, alguns que são descendentes de coreanos, japoneses e chineses. Também temos um indígena, o Sidney. Somado a tudo isso, temos artistas veteranos como Betty Faria e Tonico Pereira, que ao lado de novos talentos como Allan Jeon, criam uma dinâmica muito rica no set“, conta.

André é formado em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro, e também já esteve em outras produções de destaque nacional, como ‘Ciranda de Pedra’, ‘Avenida Brasil’, ‘I Love Paraisópolis’, ‘Liberdade, Liberdade’, e outras.

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