Um levantamento da ONG internacional Global Witness publicado nesta semana aponta que em 2023, o Brasil foi o segundo país com mais mortes de defensores do meio ambiente. No ano passado foram 196 mortos, e 70% dos assassinatos ocorreram na Colômbia, Brasil, Honduras e México. O Brasil registrou com 25 assassinatos em 2023, e o primeiro lugar que pertence à Colômbia, registrou 79.
Essa quantidade representa o total anual mais alto para qualquer país já documentado pela Global Witness desde 2012. Depois do Brasil aparecem Honduras e México, cada um deles com 18 mortos.
O levantamento responsabiliza o governo anterior pelo aumento das mortes no Brasil, que apontou que foi caracterizado por “leis que abriram a Amazônia para exploração e destruição”, e continuou:
“Essas políticas alimentaram invasões ilegais de terras indígenas e enfraqueceram os planos do país para reduzir as emissões. Até o momento, houve progresso. O governo restaurou o financiamento para proteger a Amazônia e restabeleceu a agência de assuntos indígenas que Bolsonaro desmantelou”, diz o relatório.
De 2021 a 2023, o mundo todo registrou 2.106 defensores do meio ambiente mortos. Ainda segundo o levantamento, em 2023, 50% dos defensores mortos eram indígenas. O maior número de vítimas no Brasil aconteceu em 2022, quando 34 foram mortos.
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