Brasil, Colômbia e México pedem solução institucional e cobram atas das eleições na Venezuela

lula-e-maduro2_mcamgo_abr_29052023-14.webp

Os governos de Brasil, México e Colômbia publicaram nesta quinta-feira (01) uma nota conjunta cobrando as atas das eleições e pedindo uma solução institucional e pacífica na Venezuela. Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado que Nicolás Maduro foi reeleito presidente com 51% dos votos na eleição do último domingo (28), a oposição acusou o governo de fraudar as eleições, mas não mostrou evidências.

Corina, apoiadora da oposição chegou a dizer que, o resultado foi 70% de favorável a Edmundo González. Apoiadores do governo e da oposição estão em protestos nas ruas desde então. A nota de Brasil, Colômbia e México diz que as controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser resolvidas pela via institucional na Venezuela.

A nota de Brasil, Colômbia e México diz que os países as controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser resolvidas pela via institucional – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Rússia e China reconheceram Maduro como presidente eleito e o resultado dado pelo CNE. Enquanto isso Estados Unidos, Peru e Argentina reconhecem Edmundo como vencedor do pleito.

Veja abaixo a nota de Brasil, Colômbia e México na íntegra:

“Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.
Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.

As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.
Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.

Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.
Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano”
.

Leia mais notícias aqui: Zambelli diz ao STF que sacou arma ao afirmar que ouviu tiro e viu “volume na cintura” de jornalista

Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

Deixe uma resposta

scroll to top