Olimpíadas: boxeadora faz gesto para denunciar casos de violência no Congo

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A baxeadora Marcelat Sakobi fez um protesto simbólico após sua luta nas Olimpíadas de Paris. O gesto, ao colocar a mão na frente da boca e apontar dois dedos para a cabeça em forma de arma, foi uma forma de chamar a atenção para a violência e a instabilidade que afetam a República Democrática do Congo.

A atleta usou sua visibilidade para destacar um problema grave que muitas vezes é ignorado em nível internacional. Na sua segunda participação olímpica, Sakobi competiu na categoria até 57 kg e foi derrotada pela atleta Sitora Turdibekova, do Usbequistão, por decisão dividida dos juízes. Ao aceitar a derrota, ela fez o gesto para pedir paz para sua terra natal.

Boxeadora faz protesto após luta Foto: Reprodução/TV Globo

O mesmo gesto foi feito durante a Copa Africana de Nações de 2024 pelos jogadores da seleção do Congo em partida contra a Costa do Marfim. Durante o hino nacional, todos os atletas colocaram a mão na frente da boca e apontaram dois dedos para a têmpora.

Cédric Bakambu, conhecido atacante do futebol, criou um movimento para aumentar a visibilidade dos conflitos armados que afetam a República Democrática do Congo há mais de 20 anos. Seu objetivo é chamar a atenção da mídia internacional e mobilizar a opinião pública global sobre a grave situação de instabilidade e violência que assola o país.

Através de sua plataforma e influência no esporte, Bakambu busca gerar uma maior conscientização e pressionar por ações que possam ajudar a melhorar a situação na região. Foto:Reprodução/Instagram

O leste da República Democrática do Congo é um ponto crítico de conflitos prolongados, em grande parte devido às ações da milícia M23, composta majoritariamente por tutsis. Este grupo tem protagonizado ataques devastadores na área, e no mais recente deles, mais de 270 pessoas foram mortas.

O envolvimento de nações vizinhas e a dinâmica étnica e política na região contribuem para a complexidade e a persistência do conflito, destacando a necessidade urgente de uma resolução pacífica e de uma resposta internacional coordenada para aliviar a crise humanitária.

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