Número recorde: estima-se que 120 milhões de pessoas estão deslocadas à força no mundo, diz ONU

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O número de pessoas descoladas à força no mundo bateu recorde, atingindo 117,3 milhões em 2023. Os dados são do relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), divulgado nesta quinta-feira (13), que também estima que esse número pode ter chegado a 120 milhões em abril de 2024.

O número representa um recorde e um aumento de aproximadamente 8 milhões em apenas um ano. São consideradas pessoas que fugiram de casa por conta de conflitos armados, refugiados e/ou perseguidos. “O conflito continua a ser um fator muito, muito profundo de deslocamento”, disse o representante da Acnur, Filippo Grandi.

De acordo com o Acnur, o conflito no Sudão foi um dos principais contribuintes para o aumento no número de refugiados. No fim de 2023, um total de 10,8 milhões de sudaneses foram deslocados. A Faixa de Gaza foi responsável por 1,7 milhão de pessoas nessa condição, o que equivale a 75% da população da região.

Mundo bate recorde de pessoas deslocadas de forma forçada /Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O relatório aponta que a Síria permanece responsável pela maior quantidade de deslocados do mundo. São 13,8 milhões de pessoas deslocadas à força dentro e fora do país. O número de refugiados venezuelanos voltou a superar os de ucranianos.

São 6,1 milhões de venezuelanos deslocados, e 97% deles estão na América Latina, com 2,9 milhões na Colômbia, 1 milhão no Peru, 471 mil no Equador e 435 mil no Chile. Para o Acnur, o total global de deslocados no mundo corresponderia a habitantes do 12º maior país do mundo, quase do tamanho do Japão.

Em 2023, aproximadamente 143.033 pessoas estavam refugiadas no Brasil. É o que aponta relatório do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Segundo o documento, em 2023, 58.628 mil imigrantes pediram abrigo no Brasil.

Leia também: Quantidade de pessoas refugiadas no Brasil aumenta mais de 117% em 2023, aponta relatório

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