Segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis – UFRN), o município de Jaguarari, localizado no Norte do estado da Bahia, registrou uma série expressiva de tremores na última terça-feira (21). Foram 88 ao total.
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De acordo com o laboratório, apenas oito dos tremores tiveram magnitude acima de 2.0 mR (sigla da Escala Richter indicativa para medições de terremotos, que varia de 0 a 9 graus). O maior com magnitude calculada foi de 2.7 mR e aconteceu durante a tarde. A primeira atividade sísmica na região foi registrada pela manhã deste mesmo dia às 09h37, e a última aconteceu durante a noite, às 21h40.
Na madrugada desta quinta-feira (23), aconteceu mais um tremor de terra em uma cidade baiana. O caso foi registrado em Boa Vista do Tupim, às 02h34, e a magnitude preliminar calculada foi de 1.8 mR. No mesmo dia, os estados de Alagoas, no município de Colônia Leopoldina, e Rio Grande do Norte, em Pedra Preta, também apresentaram os abalos, ambos com magnitude de 2.1 mR.
Além dos estados citados acima, o Ceará também registrou o segundo maior tremor do mês de maio na região de Camocim, com magnitude de 2.4 mR. Até o momento, o mais forte foi o que aconteceu em Jaguarari, na Bahia.
Terremotos no Brasil
Segundo o Portal do National Geographic Brasil, o risco de grandes tremores de terra no país é baixo, pois o território brasileiro está localizado às bordas das placas tectônicas (visto que são os deslizamentos e atritos entre essas placas que provocam os terremotos).
Em contrapartida, eles podem, sim, acontecer no país. O Nordeste, por exemplo, é a região mais vulnerável aos abalos. “O Nordeste é a região mais vulnerável. Em estados como o Ceará e Rio Grande do Norte já ocorreram diversos tremores com magnitude 5 causando danos e até desabamentos em casas fracas”, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Geofísica pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, Marcelo Assumpção, para a National Geographic Brasil.
Similarmente, neste mês de maio, foi divulgado na Revista Científica Cell um estudo realizado por pesquisadores da UFRN e do Instituto de Geofísica da Academia de Ciências da Polônia, que apontou que o Nordeste têm 50% de probabilidade para terremotos com magnitudes de até 5.1 graus, em lugares como o Ceará e o Rio Grande do Norte, e também em Pernambuco, com 4.9 graus.
Por fim, vale lembrar que de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o maior terremoto do mundo, com magnitude de 9.5 graus, aconteceu no Chile, no dia 22 de maio de 1960. Registrou-se mais de 1.600 mortes, 3 mil feridos e mais de 2 milhões de desabrigados.
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