Os integrantes de um terreiro de candomblé em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, afirmam que os funcionários da empresa que coleta o lixo na cidade, são intolerantes. Eles afirmam que, a calçada do templo fica com lixo por semanas, enquanto o lixo de outras casas na rua, são recolhidos, conforme denunciou a estudante Gabriela Ramos, nas redes sociais.
Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.
“A rua ficava limpa e só o nosso terreiro com a lixeira ainda transbordando, o que era bem desagradável porque às vezes ficavam duas semanas seguidas ou mais e aquilo exalava um cheiro, o lixo acumulava, era desconfortável a situação”, conta a estudante que frequenta o Ilè Ayrá Túndé, e que apontam intolerância religiosa como motivação para o caso.
Mas segundo eles a situação ficou pior em abril, e depois em maio, quando em uma ocasião, um vizinho viu o momento em que um funcionário colocou fogo na lixeira, para não recolher, o que também foi denunciado pela estudante nas redes sociais.
“Estamos conseguindo mostrar que não seremos calados, que o povo de Àse tem voz e resiste até mesmo quando precisa lutar pelo mínimo. Está sendo uma saga cansativa mas estamos lutando por nós e por todos os terreiros que passam por situações de intolerância religiosa. Estamos caminhado e agindo dentro da lei para nos resguardarmos e termos de fato, tudo resolvido“, disse a Mãe Aliny de Ayrá, matriarca do terreiro.
Os responsáveis pelo templo entraram em contato com a empresa coletora, a Força Ambiental Limitada, que presta serviço para a prefeitura do município. Em nota enviada ao Notícia Preta, a prefeitura de São Gonçalo informou que “a coleta de lixo é realizada regularmente” mas que vai acionar a empresa que presta o serviço para que apure a denúncia e verifique se houve algum problema no local mencionado.
“A Prefeitura reitera seu respeito por todas as religiões, não compactuando com quaisquer atos de intolerância“, disse em nota.
Foto de Capa: Reprodução Redes Sociais
Leia também: Anitta perde 100k seguidores após postar fotos suas no Candomblé: “Exu tirando do meu caminho o que não serve mais”
